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  • Foto do escritorMarcelo Pereira

Formação de acordes parte 1 - Tríades

Atualizado: 17 de jun. de 2020


Hoje daremos início ao estudo de Formação de Acordes.

A formação de acordes é uma área muito importante na música popular, pois muitas vezes nos encontraremos em uma situação onde só teremos a música cifrada, cabendo ao baixista criar uma linha de baixo com base nos acordes dados, então é preciso desenvolver uma "leitura à primeira vista" de cifras!

Primeiramente, vamos pensar um pouco sobre o papel do baixo na banda.

Vamos dividir os instrumentos em três tipos: instrumentos rítmicos, harmônicos e melódicos. Os instrumentos rítmicos, como o próprio nome já sugere, são os "responsáveis" pela condução rítmica (bateria, percussão, etc...), os instrumentos harmônicos são os instrumentos capazes de tocar mais de uma nota ao mesmo tempo, logo são os responsáveis pelos acordes, pela harmonia (violão, guitarra, piano, teclado, acordeom, etc...) e por fim os instrumentos melódicos são os instrumentos que emitem apenas uma nota de cada vez e são os responsáveis pela melodia (clarinete, sax, flauta, vocal, etc...).

Pense no baixo como um elo de conexão entre os instrumentos rítmicos e os instrumentos harmônicos. Apesar de ser possível executar acordes no baixo, ele é usado como um instrumento melódico , criando linhas melódicas na região grave para estabelecer a conexão ritmo/harmonia. Dessa forma, sempre que falarmos em "acordes", é bom o baixista já pensar em transformá-los em "arpejos".

Acordes

É quando ouvimos mais de uma nota ao mesmo tempo. Estudaremos os acordes mais comuns que são os acordes formados por intervalos de terças, intervalos são as "distâncias" entre as notas.

Arpejos

São as mesmas notas que formam o acorde, porém, ao invés de serem executadas ao mesmo tempo (harmonicamente), elas são executadas uma de cada vez (melodicamente).

Veja a escala de lá menor (Am) abaixo.

A terceira nota a partir da nota lá (A) é a nota dó (C), logo, a nota dó está a uma distância de uma terça em relação à nota lá, o mesmo acontecerá com a nota mi (E) em relação a dó.

Tipos de Acordes

Os acordes podem ser divididos em dois tipos: tríades e tétrades.

Tríades

São acordes formados por três notas. No exemplo acima separamos as notas lá (A), dó (C) e mi (E) e com elas formamos um acorde de três notas, o acorde de lá menor (Am).

Tétrades

São acordes formados por quatro notas.

No exemplo acima separamos as notas lá (A), dó (C), mi (E) e sol (G) e com elas formamos um acorde de quatro notas, o acorde de lá menor com sétima menor (Am7). Assim podemos afirmar que as tétrades são formadas por tríades mais as sétimas.

Intervalos que formam os acordes

Fundamental (ou tônica) - É a nota que dará nome ao acorde, a partir dela é que calcularemos todos os outros intervalos. Se a fundamental for lá, o acorde será lá "alguma coisa", lá maior, lá menor, etc... Exemplo: A (lá maior), Am (lá menor), A7(9) (lá maior com sétima menor e nona maior), etc...

Terça - Se divide em dois tipos terça maior (distância de 2 tons da fundamental) e terça menor (distância de um tom e meio da fundamental). É o "sexo" do acorde, se a terça é maior o acorde é maior, se a terça é menor o acorde é menor. Exemplo: Am (lá menor), a distância entre a nota lá e a sua terça (dó) é uma distância de um tom e meio, logo, é uma terça menor e por isso o acorde recebe o nome "menor", se fosse lá até dó sustenido a distância seria de dois tons, logo seria uma terça maior e o acorde seria maior.

Quinta - Se divide em três tipos: quinta justa (não escreve nada na cifra), quinta diminuta (b5) e quinta aumentada (#5).

A quinta justa é a distância de 3 tons e meio a partir da fundamental. Quando a cifra não recebe informação nenhuma sobre a quinta subentende-se que é uma quinta justa. Exemplo: lá até mi.

A quinta diminuta é formada pela distância de três tons da fundamental, o próprio nome já diz, "diminuiu" a distância, exemplo: lá até mi bemol.

A quinta aumentada é formada por quatro tons de distância, como o próprio nome já diz, "aumentou" a distância em relação à fundamental.

Com estas combinações podemos montar as nossas tríades, elas se dividem em quatro tipos, tríades maiores, tríades menores, tríades diminutas e tríades aumentadas.

Tríades maiores - Fundamental, terça maior e quinta justa.

Arpejo: Bb (Si bemol maior)

Arpejo: C (Dó maior)

Arpejo: D (Ré maior)

Tríades menores - Fundamental, terça menor e quinta justa.

Arpejo: Bbm (Si bemol menor)

Arpejo: Cm (Dó menor)

Arpejo: Dm (Ré menor)

Tríades aumentadas - Fundamental, terça maior e quinta aumentada.

Arpejo: Bb(#5) (Si bemol maior com quinta aumentada)

Arpejo: B(#5) (Si maior com quinta aumentada)

Arpejo: C(#5) (Dó maior com quinta aumentada)

Tríades diminutas - Fundamental, terça menor e quinta diminuta.

Arpejo: Bb° (Si bemol diminuto)

Arpejo: (Dó diminuto)

Arpejo: (Ré diminuto)

Agora você já consegue ler as cifras de tríades usando diferentes digitações de arpejos. Pratique bastante e até a próxima!

#Tríades #Formaçãodeacordes #Arpejos

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